Libertador ou Juiz?


No ano passado, tive a grata oportunidade de conhecer a "Chapada dos Guimarães", um lugar sem descrição, que nos faz perceber a grandeza de Deus e a maravilha das suas mãos... Você se sente pequeno e frágil, diante da grandeza e força da criação de Deus.

Ele é tremendo!

Nesse contraste entre criação e Criador, uma coisa me chamou atenção... na Perfeição de Deus, achei a fraqueza dos homens.

Na praça central da Chapada, na Igreja Matriz, até o dia de hoje, está fincado um "tronco" para prender os escravos que fugiam.


Na frente da Igreja um "tronco" que aprisionava os escravos.

Como seria ver um escravo preso diante do lugar que deveria pregar salvação e promover liberdade, com as costas sangrando pelo chicote do feitor, privado de tudo, à mercê dos homens...?

Meu coração chora e sofre diante dessa omissão.

Tenho visto isto todos os dias... Essa "escravidão" ainda existe. Diante da Igreja, aos olhos dos "homens de Deus" que se omitem e viram os olhos as cadeias que o inimigo lança, todos os dias, sobre os mais fracos, aos que sofrem, dos que precisam de uma mão ou de um abraço... e recebem açoites... Açoites de palavras que apontam, acusam, condenam... Açoites que saem das palavras ditas no altar ou da omissão da membresia, na assistência social, no cuidado da família... no dia a dia, quando os "escravos" clamam por perdão e misericórdia e recebem "açoites".

Precisamos mudar. Rever os conceitos.

Estender a mão e guardar o "chicote"... libertar das cadeias e curar as feridas... Acolher e não aprisionar!

Porque Ele veio para libertar os cativos e não para condená-los... E Ele, nos chamou para viver e fazer isso. Anunciar o ano "Aceitável do Senhor" e as Boas Novas da Salvação.

Não fomos chamados para apontar, acusar, condenar ou punir ninguém... Fomos chamados para libertar os cativos e quebrar as cadeias.

Deus nos confiou o próximo, para que nós os levássemos ao Céu e através da cruz, libertá-los da morte... Não fomos chamados para condenar ninguém ao inferno, já existe um "acusador" que faz isso.

Nós temos vida!
E devemos entregá-la ao favor daqueles que precisam dela. Em ações e não apenas com palavras.

Que a Igreja seja mais um hospital que cura, do que um tribunal que condena.

Nós somos livres!

"Porque Deus amou o mundo de ta maneira, que enviou seu Filho Unigenito, para que TODO aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna".
(João 3:16)


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